Cientistas dos EUA apresentaram uma nova tecnologia - ela ajudará a ouvir as ondas gravitacionais que ocorreram após o Big Bang. Dessa forma, os pesquisadores poderão aprender mais sobre o universo primitivo.
Os pesquisadores explicaram que já existem vários projetos que tentam ouvir os sons do Big Bang com a ajuda de ondas gravitacionais - pulsações no tecido do espaço-tempo. Na nova iniciativa dos cientistas, os principais esforços serão direcionados para a detecção de ondas em frequências ultra-altas.
A recente busca por ondas gravitacionais pelos detectores Ligo/Virgo abriu novas possibilidades de observação do universo. Eles permitem estudar fenômenos em que a fonte de informação não é a luz, mas a gravidade. As ondas gravitacionais detectadas até agora são chamadas de ondas gravitacionais astrofísicas - elas surgem como resultado de processos físicos recentes, como fusões de buracos negros.
As ondas que podem ocorrer no início do universo são chamadas de ondas gravitacionais cosmológicas e ainda não foram detectadas. Tais ondas se propagam livremente após a formação e são uma ferramenta única para estudar o universo primitivo. Enquanto as ondas gravitacionais astrofísicas vêm de uma direção específica no céu, as ondas cosmológicas chegam até nós de todas as direções possíveis que correspondem às diferentes regiões onde se formaram no passado. É por isso que eles são tão difíceis de detectar.
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No novo experimento, os cientistas vão procurar mudanças na distância entre os dois espelhos causadas por uma onda gravitacional passageira, que é equivalente ao núcleo de um átomo. Como há menos detectores de ondas gravitacionais de alta frequência, a mudança registrada será ainda menor.
Com a ajuda da tecnologia existente, os cientistas podem detectar as menores flutuações na faixa de alta frequência. No entanto, este dispositivo será aprimorado para que também possa captar ondas gravitacionais do universo primitivo.
"Estamos tentando iniciar uma jornada difícil, como foi na década de 1970, quando as pessoas começaram a procurar ondas gravitacionais astrofísicas. Levou quase 50 anos e mais de 20 tentativas, mas no final, o trabalho duro e a paciência compensam", observaram os pesquisadores.
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