Cientistas descobriram a maior erupção já registrada no vizinho mais próximo do Sol, a estrela Proxima Centauri. Proxima Centauri é uma estrela pequena, mas poderosa. Fica a apenas 4 anos-luz ou mais de 32 trilhões de km do nosso Sol e tem pelo menos dois planetas, um dos quais pode se parecer mais ou menos com a Terra. É também uma anã vermelha – o nome de uma classe de estrelas extraordinariamente pequenas e fracas.
Em seu novo estudo, os especialistas observaram Proxima Centauri por 40 horas usando nove telescópios no solo e no espaço. No processo, eles tiveram uma surpresa: Proxima Centauri liberou uma explosão de radiação que começou na superfície da estrela.
“A estrela se tornou 14000 vezes mais brilhante nos poucos segundos em que a observamos no ultravioleta”, disse McGregor, professor associado do Centro de Astrofísica e Astronomia Espacial (CASA) e do Departamento de Ciências Astrofísicas e Planetárias (APS). As descobertas da equipe sugerem uma nova física que pode mudar a forma como os cientistas pensam sobre as explosões estelares. Nem são um bom presságio para qualquer organismo frágil corajoso o suficiente para viver perto de tal estrela. “Se houvesse vida no planeta mais próximo de Proxima Centauri, teria que ser muito diferente da Terra”, disse McGregor. "Seria ruim para uma pessoa neste planeta."
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A estrela tem sido um alvo para os cientistas que esperam encontrar vida além do sistema solar da Terra. Perto de Proxima Centauri está outro planeta chamado Proxima Centauri b, que está no que os pesquisadores chamam área povoada – uma região ao redor de uma estrela que tem a faixa de temperatura certa para abrigar água líquida na superfície do planeta.
Mas há uma peculiaridade: as anãs vermelhas, consideradas as estrelas mais comuns da galáxia, também são extremamente vivas. O problema é que eles são muito mais ativos que o nosso Sol. Eles se inflamam com muito mais frequência e intensidade.
Para ver as erupções de Proxima Centauri, os pesquisadores realizaram algo próximo a uma revolução na astrofísica: eles apontaram nove instrumentos diferentes para a estrela por 40 horas ao longo de vários meses em 2019. Cinco deles registraram uma explosão massiva em Proxima Centauri. Este método permitiu-nos obter uma das anatomias mais profundas da erupção de qualquer estrela da galáxia. Este evento foi observado em 1º de maio de 2019 e durou apenas 7 segundos. Embora houvesse pouca luz visível, houve uma enorme explosão de radiação ultravioleta e de rádio ou "milímetro".
No geral, a erupção observada foi cerca de 100 vezes mais poderosa do que qualquer erupção semelhante observada em nosso Sol. Eventualmente, essa energia pode destruir a atmosfera do planeta e expor as formas de vida à radiação mortal.
Os dados obtidos sugerem que o vizinho mais próximo do Sol pode ter ainda mais surpresas reservadas. “É provável que existam tipos ainda mais estranhos de erupções, exibindo diferentes tipos de física sobre os quais não pensamos antes”, disseram os pesquisadores.
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