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Com a ajuda de um laser, os cientistas obtiveram um recorde de 1,3 milhão de joules de energia termonuclear

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Um experimento de fusão na maior instalação de laser do mundo liberou 1,3 milhão de joules de energia, aproximando-se do ponto de equilíbrio conhecido como ignição. É neste momento que a fusão termonuclear começa a liberar mais energia do que a necessária para sua detonação.

A essência do experimento foi que cientistas do Laboratório Nacional de Ignição (NIF) usaram um laser para penetrar em uma minúscula cápsula, onde iniciaram reações termonucleares que produziram mais de 10 quatrilhões de watts de energia em 100 trilionésimos de segundo. O experimento liberou cerca de 70% da energia da luz do laser usada para desencadear as reações de fusão, aproximando a instalação da ignição muito mais do que nunca.

Os cientistas conseguiram atingir esse limite pelo fato de a cápsula absorver apenas uma parte de toda a energia do laser focada nela, e as reações realmente produzirem mais energia do que é gasto diretamente em sua ignição.

A fusão nuclear é o mesmo processo que "inicia" o Sol. Para os cientistas, é, acima de tudo, uma fonte atrativa de energia porque não levará à formação de gases de efeito estufa que causam o aquecimento climático ou de resíduos radioativos perigosos e de longa duração. Na fusão nuclear, os núcleos de hidrogênio se fundem para formar o hélio, liberando energia no processo. Mas a fusão requer temperaturas e pressões extremas, o que dificulta o controle e o gerenciamento.

experimento de fusão

Nos experimentos termonucleares do NIF, 192 feixes de laser convergem em um pequeno cilindro que contém uma cápsula de combustível do tamanho de uma ervilha. Quando esse poderoso pulso de laser atinge o cilindro, raios-X são liberados, vaporizando o exterior da cápsula e detonando o combustível no interior. Este combustível é uma mistura de deutério e trítio. Quando o combustível explode, atinge a densidade, temperatura e pressão máximas necessárias para converter o hidrogênio em hélio. Esse hélio pode aquecer ainda mais outra parte do combustível, o chamado aquecimento alfa, causando uma reação em cadeia de fusão.

O físico Stephen Bodner critica alguns detalhes do design do NIF. Mas ele admite ter se surpreendido com os resultados. "Eles chegaram perto o suficiente de seu objetivo de ignição e equilíbrio para considerá-lo um sucesso", disse Bodner. "É hora de os EUA avançarem com um grande programa de fusão a laser."

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