A maioria dos microscópios de luz convencionais tem uma resolução de cerca de 200 nm. No entanto, os cientistas descobriram uma maneira de aumentar a precisão para 40 nm usando um novo slide. O vidro, desenvolvido por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, é revestido com um "metamaterial hiperbólico".
Consiste em camadas nanométricas alternadas de vidro de quartzo e prata. Quando a luz passa por esse revestimento, seu comprimento de onda é reduzido e a própria radiação é espalhada, criando um padrão pontilhado.
A amostra de teste, colocada no vidro, é iluminada de diferentes ângulos. A luz que passa pela amostra e pelo vidro é captada pelo microscópio. O resultado é uma série de imagens de amostra de baixa resolução.
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O computador então usa um algoritmo especial de reconstrução de imagem, combinando várias imagens de baixa resolução em uma de alta resolução. Assim, usando um microscópio de luz comum e uma lâmina de vidro especial, os cientistas obtêm imagens de objetos muito menores do que era possível antes.
Experimentos de físicos com o metamaterial hiperbólico mostram que o novo vidro permite que uma pessoa veja através de um microscópio filamentos individuais da proteína actina em células marcadas com um corante fluorescente, bem como bolas fluorescentes microscópicas e pontos quânticos localizados a uma distância de 40 a 80nm.
Os cientistas agora estão adaptando a tecnologia para ver estruturas subcelulares em células vivas. Isso geralmente requer um microscópio eletrônico sofisticado, mas mesmo isso não pode fazer isso em uma célula viva porque exige que a amostra seja colocada em uma câmara de vácuo. O novo dispositivo provavelmente poderá substituir microscópios muito mais caros e complicados.
O texto completo do estudo está disponível no site da Nature Communications pelo link.
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