Quatro forças fundamentais determinam a interação de todos os objetos e partículas no universo. Essas são as forças com as quais lidamos todos os dias e podem ser reduzidas às seguintes categorias de interações: eletromagnética, forte, fraca e gravitacional. Por exemplo, a força de atração, também conhecida como gravitação, força os objetos a cair no chão e não permite que eles se soltem sem adicionar outra força.
Mas, como afirma a equipe internacional de físicos, durante a pesquisa como parte do experimento Múon g-2 ("Muon ji menos dois"), realizado no laboratório do Fermilab (um laboratório americano de física de partículas e acelerador), eles podem ter descoberto uma nova quinta força da natureza.
Eles anunciaram os primeiros resultados das medições das propriedades magnéticas dos múons, as contrapartes pesadas do elétron. Isso aproxima a comunidade científica da descoberta da "nova física" além do Modelo Padrão (o Modelo Padrão na física de partículas é uma construção teórica que descreve as interações eletromagnéticas, fracas e fortes de todas as partículas elementares).
"Estamos esperando por esse resultado há 20 anos, é fundamental para entender o que exatamente causou as discrepâncias nas medições de 20 anos e nas previsões do Modelo Padrão", disse Chris Polley, representante oficial do experimento.
Segundo ele, os cientistas dobraram a precisão das medições, como resultado, nada foi encontrado que contradissesse os resultados anteriores. Polley expressou esperança na descoberta de "nova física" no comportamento dos múons em um futuro próximo.
Os múons são partículas de vida curta na forma de minúsculos ímãs giratórios. O fator G determina a força e a velocidade de rotação deste ímã em um campo magnético externo. Os múons, ao entrarem na configuração experimental, começam a interagir com a "espuma quântica" de partículas virtuais que aparecem e desaparecem rapidamente. Isso afeta o valor do fator g, de modo que a precessão do momento magnético do múon é ligeiramente acelerada ou desacelerada, o que pode ser calculado usando o Modelo Padrão.
Se a espuma contiver partículas desconhecidas ou interações fora do Modelo Padrão, deve haver um desvio entre o valor real do fator g e o calculado. Experimentos conduzidos por cientistas mostram uma discrepância com as previsões teóricas, enquanto a diferença é de 4,2 sigma (desvio padrão), que é um pouco menos de cinco sigma, o que nos permite dizer com confiança sobre a descoberta da "nova física". Mas isso é suficiente para indicar que ela existe.
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