Especialistas da NASA estão considerando a possibilidade de enviar uma estação automática para estudar o maior satélite de Netuno, Tritão. As propostas para o estudo de Tritão foram denominadas Trident. Este programa de pesquisa é considerado pela NASA como parte do projeto Discovery, cujo objetivo é estudar os planetas do sistema solar com a ajuda de estações automáticas.
A Voyager-2 foi o primeiro e até agora o único dispositivo a se aproximar de Netuno e suas luas. Em 1989, ele transmitiu uma série de imagens desse mais distante dos planetas do Sistema Solar, mas apenas cerca de 40% da superfície de Tritão foi capturada nas imagens.
Tritão, em homenagem ao deus do mar na mitologia grega, tem um diâmetro de cerca de 2,7 mil km. É a sétima maior lua do Sistema Solar e a maior das 14 luas conhecidas de Netuno. Foi descoberto pelo astrônomo britânico William Lascelle em 1846. Tritão é o único satélite do sistema solar que gira em torno do planeta na direção oposta à sua rotação. Sugere-se que Tritão se formou no Cinturão de Kuiper, um colossal aglomerado de pequenos corpos celestes na borda do Sistema Solar. Além disso, Triton é interessante porque sua atmosfera consiste quase inteiramente de nitrogênio com uma leve mistura de metano.
"Triton esconde muitos mistérios e pesquisas científicas muito importantes podem ser realizadas lá", citou o Space.com Karl Mitchell, do Jet Propulsion Laboratory em Pasadena (Califórnia), que está envolvido na parte científica do programa Trident. - Sabemos que na superfície do satélite existem tais formações que não observamos em nenhum lugar, e esta é uma razão para estudá-las cuidadosamente."
Se o programa de estudos Triton for aprovado, a estação automática poderá ser lançada em 2025-26. Em particular, tirará fotos da superfície do satélite, na qual quase nenhuma cratera é visível, o que pode indicar que a camada de gelo na superfície foi formada há relativamente pouco tempo.
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