As redes sociais estão sendo cada vez mais culpadas por níveis historicamente altos de depressão, suicídio e outros problemas de saúde mental entre os jovens. Então agora Estados Unidos e as autoridades locais recorrem cada vez mais a ações legislativas e legais contra as redes sociais.
Por exemplo, o estado de Utah aprovou recentemente uma lei que restringe o acesso à mídia social por menores, e os distritos escolares de Seattle e do condado de San Mateo, na Califórnia, estão processando as principais plataformas, acusando-as de espalhar conteúdo nocivo para crianças. Também coincidiu com o aumento da pressão do Congresso sobre TikTok a fim de proibi-lo. Entre as razões está o seu efeito prejudicial nas crianças.
A administração Biden considera que 13 anos é "uma idade muito precoce" para se registar nas redes sociais. "Vários jurados estão participando do caso. Todos chegaram à mesma conclusão, disse Jonathan Haidt, psicólogo social da Stern School of Business da Universidade de Nova York. - Quando surgiram as redes sociais ou a Internet de alta velocidade, [a pesquisa] revelou a mesma história - um declínio acentuado na saúde mental, especialmente entre as meninas.
Numerosos estudos, incluindo alguns estudos internos das próprias empresas, associaram o uso das redes sociais a um aumento do nível de depressão entre os adolescentes. Sim, no relatório do Center for Combating Digital Hate, dedicado TikTok, foi revelado que a plataforma começou a recomendar conteúdo sobre distúrbios alimentares e automutilação para novas contas de adolescentes apenas oito minutos depois de começarem a usá-lo.
E um estudo recente da American Psychological Association descobriu que adolescentes e jovens adultos que reduziram o uso de mídias sociais em 50% por pelo menos algumas semanas melhoraram a forma como se sentiam em relação ao peso e à aparência em comparação com seus colegas.
No total, quase 150 processos foram movidos nos Estados Unidos Facebook, Instagram, TikTok, Snapchat e YouTube, com um número crescente de distritos escolares e municípios entre os demandantes. Mais notavelmente, o Conselho Escolar do Condado de San Mateo expandiu na semana passada um processo existente contra o site de rede social para incluir o Meta. O Condado de Bucks, na Pensilvânia, abriu seu próprio processo buscando indenização financeira devido ao aumento dos custos de saúde mental dos jovens. Muitos dos processos são baseados em preocupações sobre o conteúdo que alimenta a auto-estima negativa das crianças e os prejudica.
Membros do Congresso prometeram regulamentar ainda mais as redes sociais, e o republicano Chris Stewart apresentou recentemente um projeto de lei para proibir o uso de redes sociais por crianças menores de 16 anos. E o Arkansas e o Texas já estão considerando leis semelhantes às aprovadas por Utah que limitariam o uso das mídias sociais.
No entanto, há um outro lado. Em contraste com as opiniões acima mencionadas, existem estudos que constataram que algum uso de redes sociais é benéfico para a formação e fortalecimento de laços sociais de adolescentes. Além disso, as conversas sobre os danos potenciais das redes sociais geralmente atraem mais atenção ao focar nos medos mais significativos dos pais. Os defensores das liberdades civis e da tecnologia dizem que, em meio aos esforços para verificar a identidade e a idade sob as novas restrições, importantes questões de privacidade podem ser deixadas em segundo plano.
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