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Pedaços do asteroide Ryugu contêm o material mais antigo já estudado

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Os minúsculos pedaços de rocha coletados do asteroide Ryugu estão entre os pedaços de material mais primitivos já examinados na Terra e podem nos dar uma visão das origens do Sistema Solar.

O asteróide 162173 Ryugu tem um diâmetro de cerca de 900 me orbita o Sol entre a Terra e Marte, cruzando periodicamente a órbita da Terra. Este asteroide carbonáceo, ou asteroide do tipo C, está voando pelo espaço e, como outros asteroides do tipo C, Ryugu provavelmente contém material da nebulosa (uma nuvem gigante de poeira e gás) que deu origem ao Sol e seus planetas bilhões de anos atrás, os cientistas acreditam.

Em 2019, a espaçonave japonesa Hayabusa2 coletou amostras da superfície de Ryugu e, no final de 2020, essas amostras voaram para a Terra. Agora, após um ano de trabalho, os cientistas fornecem os resultados da análise inicial de amostras da rocha do asteroide. De acordo com Cédric Pilorget, da Universidade de Paris-Saclay, os resultados iniciais da análise de minúsculas partículas de rocha do asteroide Ryugu mostram que é um dos materiais mais antigos que os cientistas estudaram. "Ainda não se sabe a idade desses grãos. Esperamos descobrir em um futuro próximo", diz Pilorje.

A sonda Hayabusa2 coletou aproximadamente 5,4 g de amostras do asteroide, que agora estão disponíveis para os cientistas. Essas amostras são partículas minúsculas, muitas das quais se assemelham a poeira. As partículas maiores têm 8 mm de diâmetro e as menores têm menos de 1 mm.

Pedaços do asteroide Ryugu contêm o material mais antigo já estudado

O autor do segundo estudo, Toru Yada, e seus colegas da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão, enquanto estudavam partículas de asteroides, descobriram que essas amostras refletiam apenas 2% a 3% da luz que incidia sobre elas na escuridão total. Os cientistas também ficaram surpresos com o fato de que a densidade das amostras de rochas era menor do que a dos meteoritos carbonáceos conhecidos. Descobriu-se que existem muitas cavidades entre as partículas individuais nas rochas do asteróide, essas rochas são porosas e água e gás podem penetrar nelas.

Depois de estudar as amostras do asteroide por cientistas japoneses, os franceses, liderados por Pilorget, retomaram o assunto. Eles estudaram cuidadosamente as partículas de rocha e foram capazes de determinar a cor, a estrutura e a composição química das amostras. Os cientistas descobriram que as partículas da rocha contêm argila com compostos à base de carbono incluídos nela. Os pesquisadores também encontraram vestígios de compostos ricos em amônia na rocha.

"Em algumas propriedades, essas amostras são semelhantes a amostras de meteoritos carbonáceos, mas em outros aspectos são muito diferentes", diz Pilorje. Segundo o cientista, estes são apenas os primeiros passos para descobrir os segredos que Ryugu pode guardar, o que pode nos ajudar a aprender mais sobre o sistema solar primitivo. "Várias análises químicas precisam ser realizadas para descobrir a idade do asteroide. Precisamos entender como ela foi formada, a partir de qual substância?”, diz Yada.

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