Um novo estudo descobriu que existe um grande sistema de camadas de neblina no hexágono de Saturno.
O "hexágono de Saturno" é um enorme furacão no pólo norte do planeta, que, como o próprio nome sugere, tem uma estranha forma hexagonal. Esse fenômeno foi descoberto pela primeira vez em 1980 pela espaçonave Voyager e posteriormente detalhado pela espaçonave Cassini, que orbitou o planeta de 2004 a 2017.
Agora, em um novo estudo, cientistas do Planetary Science Group usaram imagens da Cassini e do Telescópio Espacial Hubble para mostrar que o hexágono de Saturno é mais do que apenas uma estranheza geométrica. Esta estrutura tem seu próprio sistema de camadas de névoa-fumaça, sobrepostas umas às outras.
"As imagens da Cassini nos permitiram descobrir que o hexágono possui um sistema multicamadas composto por pelo menos sete camadas de neblina que se estendem desde o topo de suas nuvens até uma altitude de mais de 300 km acima delas", disse Agustin Sánchez-Lavega, um professor da Universidade de Kraina, disse em um comunicado.Baskiv, que liderou a pesquisa. "Outros mundos frios, como a lua de Saturno, Titã, ou o planeta anão Plutão, também têm camadas de nuvens, mas não em tais quantidades, e elas não são regularmente espaçadas."
Os pesquisadores descobriram que cada uma dessas camadas de neblina tem cerca de 7 a 18 quilômetros de diâmetro. A equipe acredita que, devido às mudanças bruscas de temperatura na atmosfera de Saturno (de 120 graus Celsius negativos para 180 graus Celsius negativos), a estrutura da nuvem provavelmente contém partículas cristalinas congeladas que consistem em butano, acetileno ou mesmo propano.
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