A China começou recentemente a construir o que diz ser o sistema de radar mais poderoso do mundo para melhorar sua capacidade de defesa contra asteroides próximos da Terra e sua capacidade de detectar o sistema Terra-Lua. Um novo complexo de observação ativa de alta definição do espaço distante, codinome China Fuyan, está atualmente em construção no município de Chongqing, no sudoeste, informou o jornal estatal Global Times.
A instalação incluirá radares distribuídos com mais de 20 antenas, cada uma com 25 a 30 m de diâmetro. O Instituto de Tecnologia de Pequim, a organização líder do projeto, disse ao Global Times que essas antenas serão combinadas para observar asteróides de alta resolução dentro de 150 milhões km
Com esta instalação, os cientistas chineses esperam atender às necessidades do país, como defesa próxima à Terra e capacidades de detecção espacial, bem como pesquisas avançadas sobre a Terra e a formação de asteróides. Um sistema de monitoramento e alerta de asteroides baseado em terra e no espaço também será estabelecido para catalogar e analisar asteroides que possam ameaçar a atividade humana no espaço. O novo radar em Chongqing ajudará o país a explorar a área entre a Terra e a Lua, incluindo encontrar um local de pouso para a sonda Tianwen-2.
O Tianwen-2 está atualmente em fase de pesquisa e desenvolvimento de protótipos, de acordo com Zhang Rongqiao, designer-chefe da missão, que anunciou isso em maio. Espera-se que Tianwen-2 seja lançado em 2025. A sonda Tianwen-2 irá observar e devolver amostras do asteróide próximo da Terra 2016HO3 durante a sua missão de dez anos. Os cientistas descobriram este asteroide, que os astrônomos chamam de "satélite permanente da Terra" em 2016.
Dois dos quatro radares do sistema estão atualmente em construção em Chongqing e devem começar a operar em setembro deste ano. A segunda fase adicionará mais de 20 antenas para criar um sistema de radar distribuído de alta definição equivalente a um sistema de radar de 100 m de diâmetro, o que permitirá ao país pesquisar e fotografar asteroides a dezenas de milhões de quilômetros de distância e testar tecnologias relacionadas. O relatório observa que a terceira fase acabará por atingir uma capacidade de vigilância de 150 milhões de km.
Além disso, com a conclusão da terceira etapa, o sistema se tornará o primeiro radar de espaço profundo do mundo, que permite receber imagens 3D, realizar monitoramento dinâmico e observação ativa de corpos celestes em todo o interior do Sistema Solar.
O cronograma e o escopo da terceira fase ainda não foram determinados, segundo o Centro de Inovação de Chongqing do Instituto de Tecnologia de Pequim, que explicou ao Global Times no domingo que essas decisões serão baseadas nos resultados e pesquisas realizadas durante o trabalho. .
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