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Astrofísicos descobriram novos buracos negros mais próximos da Terra

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Um novo estudo realizado por astrofísicos de Itália e Espanha sugere a existência de vários buracos negros no aglomerado estelar disperso Hyades. É o mais próximo do nosso sistema solar, portanto estes buracos negros são também os mais próximos da Terra já descobertos.

Desde a sua descoberta, os buracos negros têm sido um dos fenómenos mais misteriosos e fascinantes do Universo, e têm sido cuidadosamente estudados por investigadores de todo o mundo. Isto é especialmente verdadeiro para pequenos buracos negros, como foram observados durante a detecção de ondas gravitacionais. Desde a detecção das primeiras ondas gravitacionais em 2015, os especialistas observaram muitos eventos que correspondem à fusão de pares de buracos negros de baixa massa.

Astrofísicos descobriram novos buracos negros mais próximos da Terra

Para este estudo, os astrofísicos usaram simulações que rastreiam o movimento e a evolução de todos estrelas no aglomerado Hyades, localizado a cerca de 45 parsecs ou 150 anos-luz de distância, para reproduzir seu estado atual.

Aglomerados difusos são grupos frouxamente conectados de centenas de estrelas que compartilham certas propriedades, como idade e características químicas. Os resultados da simulação foram comparados com as posições e velocidades reais das estrelas, que são agora conhecidas com precisão a partir de observações feitas pelo satélite Gaia da ESA. “Nossas simulações podem corresponder simultaneamente à massa e ao tamanho das Híades apenas se alguns buracos negros estiverem presentes no centro do aglomerado hoje (ou até recentemente)”, dizem os astrofísicos.

As propriedades observadas das Hyades são melhor reproduzidas por simulações com dois ou três buracos negros. Os novos resultados indicam que os buracos negros ainda estão dentro do aglomerado ou muito próximos dele. Isto torna-os nos buracos negros mais próximos do Sol, muito mais próximos do que o candidato anterior (nomeadamente o buraco negro Gaia BH1, que está a 480 parsecs do Sol).

aglomerado de Hyades

Nos últimos anos, as capacidades do telescópio espacial Gaia tornaram possível, pela primeira vez, estudar em detalhe as posições e velocidades de aglomerados estelares dispersos e identificar com segurança estrelas individuais. "Essa observação nos ajuda a entender como a presença buracos negros afeta a evolução dos aglomerados de estrelas e como os aglomerados de estrelas, por sua vez, contribuem para o surgimento de fontes de ondas gravitacionais - acrescentam os astrofísicos. "Estes resultados também nos dão uma ideia de como estes objetos misteriosos estão distribuídos pela galáxia."

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